quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Laboratório 6 - zigue-zague mântico (poemas feitos à 4 mãos)

 Sem título I

Em versos abertos diluo as horas
Do verdume sei assegurar
Infiltrar num horizonte de estribilhos
Sarapatear a solução ao belo mar

Não há saudade que chova às margens
Travesseiros é o que peço!
Que emplumando-se as rochas a fazer canoras
Faz do peixe um deslizado,
Para as palmas crescerem. 

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Sem título II

Estrelas em centelhas já revoltas
Que em contar tempo desperdiçam horas
A vigorar a luz campestre das anêmonas
Náufragos báus regurgitado memórias!

Andrômedas brincantes
De invento brim,
alegria em musgos na maré

Dançamos de mãos juntas o porvir do amanhã
Exílio de estrela no céu da boca
Arremessando pétalas
à flor da debulhada estação

Descansemos abraçados ao relento
E o fim depois do fim, anuncia o recomeço?